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Soja fecha no BR e tem R$ 74,50 para disponível nos portos

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Nesta quinta-feira (16), depois de forte volatilidade, o mercado da soja fechou novamente em baixa na Bolsa de Chicago. As perdas entre os principais vencimentos ficaram entre 3,50 e 6 pontos, sendo mais acentuadas nos vencimentos mais próximos. Ao longo do dia, porém, as posições mais negociadas chegaram a subir mais de 10 pontos e nas máximas da sessão em US$ 10,29 para o novembro/15 e março/16.
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No Brasil, o dia para os negócios foi semelhante. Apesar da recuperação no final do dia, o dólar chegou a operar em queda em boa parte da sessão e, ao lado das perdas em Chicago, a moeda americana chegou a tirar um pouco da força dos preços no mercado interno. No entanto, no fechamento, as cotações apresentaram uma recuperação, principalmente para a soja disponível.

O produto a ser entregue ainda neste mês de julho encerrou o dia com 2,05% de alta no porto de Paranaguá com R$ 74,50 por saca; em Rio Grande, o avanço foi de 0,40% para ficar em R$ 74,50 também. Já a soja da safra nova conseguiu manter seus valores em ambos os terminais e ficou, respectivamente, em R$ 75,00 e R$ 76,00/saca.

Nesta semana, com uma semana menos intensa para os preços em Chicago e o dólar testando patamares mais próximos dos R$ 3,10 nos últimos pregões, os negócios no Brasil diminuíram um pouco o ritmo, mais ainda seguem ativos, segundo explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Ainda segundo o consultor, os produtores que já têm uma parte maior da safra 2015/16 comercializada aguardam por melhores preços para voltar ao mercado e negociar mais alguns volumes. Já os que dispõem de alguma soja da safra 2014/15, «estão bem capitalizados e não irão vender tão fácil».

A demanda interna se mantém bem aquecida, principalmente nas regiões onde há indústrias processando para a produção de farelo e óleo, bem como por parte das indústrias de biodiesel, com o maior composição do produto com óleo de soja. E esse quadro traz um suporte para os preços também em algumas regiões em praças de comercialização no interior do país.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, segundo explicou o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity Consultoria, as informações desencontradas sobre o clima nos Estados Unidos e as eventuais perdas ainda sendo esperadas deixaram o mercado sem direção.

«Há uma assimetria da informação», disse. «Estamos no meio de um mercado de clima, informações de consultorias privadas com uma avaliação mais específica ou a volta das chuvas fortes são fatores que podem influenciar. Então, os preços ainda vão ficar neste sobe e desce, mas acredito que o mercado pode voltar para a casa dos US$ 10,30 rapidamente», diz Pimentel.

Segundo indicam as últimas previsões climáticas, os EUA devem contar com uma nova rodada de tempestades além de uma onda de calor nesse final de semana e que poderia se estender até o final de julho, mostrou o instituto americano de meteorologia AccuWeather.

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