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Soja fecha com mais de 30 pts de alta em Chicago e Rio Grande vai a R$ 83

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Às vésperas do aguardado relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no próximo dia 12, o mercado internacional da soja fechou a sessão desta segunda-feira (10) com forte alta na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos terminaram o dia subindo mais de 30 pontos, com o primeiro vencimento da vez – setembro/15 – cotado a US$ 10,08 por bushel.
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No Brasil, os preços nos portos acompanharam o forte avanço em Chicago e, em Rio Grande, o valor da soja disponível fechou o dia com R$ 83,00 por saca, com alta de 2,47%, enquanto a soja futura subiu 1,49% a R$ 82,00 nesta segunda. Em Paranaguá, altas mais tímidas de 1,9% para a disponível, que encerrou o dia com R$ 80,50 por saca e de 0,64% para a futura, com R$ 78,50.

Os ganhos vieram mesmo com uma despencada de quase 2% do dólar nesta segunda-feira. A moeda norte-americana fechou o dia recuando 1,86% a R$ 3,4429 e registrou a maior baixa, de acordo com a agência de notícias Reuters, desde 10 de julho. Ainda segundo a agência, a cena política segue no foco dos negócios, bem como ganha peso a postura do Banco Central sobre sua influência no andamento do câmbio.

Leia mais sobre o fechamento do dólar:

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Mercado Internacional

A espera pelos números atualizados para as estimativas da safra 2015/16 dos EUA tem trazido intensa volatilidade aos negócios e o mercado vem tentando recuperar parte das últimas quedas. Além disso, esse movimento reflete ainda a tentativa dos traders de garantir um posicionamento antes da chegada desses novos dados.

«Esse é um relatório importante, mas trata-se de um conjunto de fatores. Estamos em um período onde as altas e baixas são frequentes. Vimos, no final da última semana, o mercado recuperando boa parte das quedas, de certa forma, já se preparando para o relatório do USDA, já que uma das expectativas do mercado é de que haja uma revisão seja no rendimento, em área plantada, no que poderia resultar em uma redução de estoque», explica Glauco Monte, analista de mercado da FCStone.

Paralelamente, as importações recordes de soja da China em julho de 9,5 milhões de toneladas também chegaram em um momento importante ao mercado. O volume, divulgado pela Administração Geral da Alfândega do país, se mostrou 17,5% maior do que o registrado em junho e cresceu 27% em relação ao mesmo mês do ano passado. E o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC) mostra que as compras chinesas na temporada 2014/15 – que se encerra em setembro – deve chegar a 76 milhões de toneladas, ou seja, 8% a mais do que no ano comercial anterior.

De acordo com as informações reportadas pelo centro, alguns fatores como o aumento da demanda por farelo de soja e o aumento no uso da oleaginosa importada na indústria alimentícia da nação asiática são alguns dos principais combustíveis desse consumo crescente. Assim, para agosto, a estimativa é de que as compras da China somem 13 milhões de toneladas.

Na última semana, o USDA anunciou duas novas vendas de soja para a China – ambas de 132 mil toneladas – da safra 2015/16, mostrando que, apesar do foco do país no produto da América do Sul, principalmente do Brasil, ainda há um interesse forte na oleaginosa norte-americana, segundo noticiou o site internacional Agrimoney. Ainda assim, a demanda de curto prazo deve seguir concentrada no Brasil, onde os preços estão mais atrativos em função da desvalorização da moeda local frente ao dólar.

«Os compradores chineses estão tendo uma grande oportunidade de comprar soja no Brasil diante da desvalorização do real, movimento que vem desencadeando boas vendas tanto da safra nova, como da velha», disse um analista internacional ao Agrimoney. Complementando, Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora disse que «as compras da China seguem muito fortes – ao contrário de alguns dias atrás. Enfim, vejo que há espaço para uma certa recomposição dos preços».

Clima nos Estados Unidos

O clima nos Estados Unidos também ainda está em foco. Agosto é o mês mais importante para a cultura da soja e suas condições estão sendo acompanhadas de perto nas principais regiões produtoras do país. «Nos EUA, as tempestades estão concentradas do Kansas ao extremo sul de Illinois, porém, a maior parte do Corn Belt deverá permanecer seca de acordo com os mapas climáticos», afirma Bryce Knorr, analista de mercado do site internacional Farm Futures.

De acordo com as informações trazidas pelo NOAA, o departamento oficial de clima dos EUA, entre 15 e 19 de agosto, grande parte do Meio-Oeste deverá registrar chuvas abaixo da média, como mostra o mapa a seguir. Já entre 17 e 23 de agosto, as chuvas já se mostram mais regulares e dentro da normalidade para o período.

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