Notas
Proibição do glifosato provocaria queda de até 40% na produtividade
“Tirando um produto como o glifosato, vai cair cerca de 20, 30, 40% em produtividade, dependendo do nível de infestação, e outros fatores. Sem dúvida, é bastante significativo, inviabilizaria muitas áreas”. A afirmação é do gerente sul-americano de inovação da Basf, Ademar De Geroni.
Ele comenta a recente decisão da Justiça Federal, que deu prazo de 90 dias para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua sua reavaliação toxicológica sobre seis ingredientes ativos muito disseminados no Brasil. Entre eles estão: glifosato, lactofen, carbofurano, abamectina, thiran e paraquate.
De Geroni afirma que a simples retirada dos produtos de circulação levaria as plantas daninhas a outro patamar de resistência, podendo provocar problemas ainda maiores. “Nosso posicionamento nessa questão é que precisa ter sustentabilidade no agro, e isso só se faz com ferramentas suficientes”, alerta.
“Creio que na área de dessecação é difícil achar uma solução que auxilie o produtor, e seria uma situação de impacto na agricultura, de não controlar as plantas daninhas de forma eficiente, gerando uma queda drástica na produtividade. Não tem como voltar (para a capinação): só na soja são 31 milhões de hectares”, justifica o gerente da Basf.
Ele adverte ainda que, caso sejam confirmados os banimentos das substâncias, os agricultores não terão à disposição uma alternativa imediata. “Não é simplesmente criar o herbicida, mas formular a variedade resistente (a esse produto) e fazer a introspecção do produto, do gene na variedade, para depois inserir no mercado, o que leva 8 a 10 anos, não menos que isso”, conclui.
Agrolink
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