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Pastor que simulou sequestro-relâmpago em Joaçaba faz acerto com a justiça terrenal e com Deus…….
Pastor que simulou sequestro-relâmpago em Joaçaba faz acerto com a justiça
Termo Circunstanciado (TC) foi assinado pelo homem
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Pastor que simulou sequestro-relâmpago em Joaçaba faz acerto com a justiça
Durante a tarde desta quinta-feira (14), nas dependências da Vara Criminal do Fórum de Joaçaba, aconteceu a audiência que analisou a atitude tomada por João Emílio Andrade, 43 anos de idade, acusado de “Falsa Comunicação de Crime”, porque no dia 6 de junho deste ano, por volta das 23h, simulou um falso sequestro na Cidade Alta de Joaçaba, que acabou mobilizando cinco viaturas da polícia.
Durante a madrugada, ao prestar depoimento na Delegacia de Polícia Civil da Comarca de Joaçaba, ele teria caído em contradição e assumido uma possível traição conjugal. Na audiência comandada pelo promotor de justiça da área criminal, Dr. Protásio Campos Neto, o pastor João Emílio que estava acompanhado de seu advogado, assinou um Termo Circunstanciado (TC), para colocar um ponto final no andamento do processo cuja vítima teria sido o Estado, pela mobilização das viaturas e trabalho por parte dos policiais.
Ao falar com a reportagem da Rádio Catarinense, o pastor confirmou que no mês que vem estará retornando à Joaçaba e dará continuidade ao seu trabalho de atendimento as pessoas que enfrentam problemas com as drogas. “Acho que a audiência foi tranquila e acredito que ficou bom para todos. Vou cumprir o que ficou acordado no documento que assinei, para encerrar esta novela”, resumiu o pastor
Relembre o caso:
O início da madrugada desta sexta-feira (06/06) foi movimentado para o setor policial em Joaçaba. Um homem que se apresentou como pastor de uma igreja do bairro Jardim das Hortênsias em Joaçaba, teria sido vítima de um sequestro-relâmpago. A vítima presta serviço voluntário de recuperação de dependentes químicos e havia saído de casa para fazer visitas. Entre 22h30 e 23h desta quinta, João Emílio de Andrade, 43 anos, teria sido abordado no trevo da Divel, na BR-282 por dois homens encapuzados que cortaram a frente dele com um Ford Escort cinza. O pastor estava em um Ford Ka preto placa de Xanxerê. Segundo ele, os suspeitos desferiram um golpe em sua nuca deixando-o desorientado. A dupla teria dito que iria levar o pastor para lhe dar um susto e para que ele “ficasse ligado”. Foi colocada uma sacola na cabeça da vítima e amarrados os pulsos com a gravata que ele usava e em seguida foi colocado no porta-malas do Ka. Ele acredita que o carro tenha rodado por pelo menos meia hora.
Durante uma das paradas a vítima conseguiu alcançar o celular que estava na cintura, apertou uma tecla que teria feito ligação direta e solicitado ajuda ao amigo Vitor Sufredini, que por sua vez, acionou a Polícia Militar dando início às buscas. O carro do pastor foi localizado por Sufredini já na madrugada em frente ao posto avançado do Corpo de Bombeiros. A PM foi quem tirou o pastor do veículo. Ele foi levado pelo Corpo de Bombeiros com ferimentos leves nos pulsos ao Hospital Universitário Santa Terezinha onde foi atendido e logo liberado.
A Polícia Civil também foi acionada. O homem prestou depoimento na Divisão de Investigação Criminal (DIC) que investiga o caso. Os supostos seqüestradores não foram localizados. Há suspeita de que traficantes poderiam estar envolvidos no ocorrido em retaliação ao trabalho da vítima de combate às drogas. Nenhum objeto teria sido levado.
Contradição
Durante a madrugada a DIC ouviu a suposta vítima. De acordo com o investigador Edson Tonielo este tipo de crime não é comum em Joaçaba. No decorrer da conversa ele entrou em contradição, até que confessou se tratar de uma farsa. Conforme Tonielo, o ele admitiu que tem problemas conjugais e precisava achar um meio de explicar o motivo de chegar tarde em casa. A vítima amarrou as próprias mãos com a gravata, mas deixou uma ponta frouxa de modo que pudesse manusear posteriormente o celular que estava na cintura. Tonielo disse que estranhou o fato de que os supostos sequestradores teriam deixado o aparelho com ele. Por ter feito falsa comunicação de crime ele deverá responder a um Termo Circunstanciado (TC). Na ocorrência foram mobilizadas cinco viaturas, sendo três da Polícia Militar e duas da Polícia Civil.
Por Julnei Bruno/Marcelo Santos
Fonte: Rádio Catarinense
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