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La Niña vai provocar geadas até setembro

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O inverno, que começa no próximo dia 20, às 19h34, vai ser uma estação que já terá a influência do La Niña em algumas regiões do Brasil. Atualmente, a temperatura das águas do oceano Pacífico Equatorial está diminuindo e apresenta uma anomalia de meio grau negativo em algumas áreas. Esta é a maior prova de que passamos por um breve período de neutralidade climática neste outono.
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Vivenciamos um dos El Niños mais fortes da história e já estamos caminhando para o La Niña, cujos efeitos serão sentidos nos próximos meses. “Uma das principais consequências será o risco de geadas tardias”, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista da Somar. As previsões mais estendidas indicam geadas, inclusive, para setembro.

A primavera 2016, que começa no dia 22 de set, às 11h21, vai ser bem mais fria que nos dois anos anteriores. Isso pode afetar as lavouras de inverno, como o trigo, cevada e aveia, que vão estar em fase final de desenvolvimento, prestes a serem colhidas. É um momento bem vulnerável ao frio.
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Outra característica predominante do La Niña é atrasar o início do regime de chuvas da safra de verão. Os produtores esperam que a chuva já atinja as áreas de plantio em setembro. No entanto, essas pancadas só devem se regularizar em meados da segunda quinzena de outubro.

Em algumas regiões mais ao norte, a exemplo do Matopiba, isso só deve acontecer em novembro. Segundo os meteorologistas, a grande vantagem quando comparamos com a safra passada, é que, assim que este regime de chuva estiver estabelecido, ele será definitivamente mais regular do que no ano passado.

“Não vamos ter períodos tão longos sem chuva, a exemplo do que ocorreu em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Isso provocou quebra de safra em diversas lavouras”, afirma explica Sassaki.

As áreas de instabilidade não vão ficar tão restritas ao Sul como em 2015 e devem avançar mais para a parte central do Brasil. As condições vão favorecer os produtores penalizados com as adversidades climáticas da última safra.

Por outro lado, Sassaki alerta que as chuvas não serão tão abundantes no Sul do País, o que pode representar um certo risco para as lavouras, já que não dá para descartar a ocorrência de estiagens regionalizadas. “Não quer dizer que não vai chover, mas o volume e a frequência dessas pancadas de chuva no sul do Brasil serão bem inferiores ao que tivemos na última safra de verão”, diz.

Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural

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