Notas
É possível comer o que é gostoso, sem riscos para a saúde?
Muita polêmica aconteceu no mundo inteiro, nas últimas semanas, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão absolutamente idôneo e acima de qualquer suspeita, alertou em alto e bom som que o consumo de carne processada – entenda-se: salsicha, bacon, linguiça e presunto, entre outras – aumenta a incidência de câncer, especificamente do câncer de cólon e reto, mas também de pâncreas e próstata.
Mais uma com que se preocupar. Mais um grupo de alimentos que nos dá muito prazer e que entra para as listas dos “proibidos”, “não saudáveis” ou “evitem a qualquer custo”. Ou porque engordam ou porque causam doenças.
Para os que gostam de uma boa e saborosa mesa, não está nada fácil. Afinal, já estão neste grupo – cada vez maior, diga-se – delícias como batata frita, pastéis, coxinhas, empadas, pizzas, bife à milanesa, picanha mal passada, hambúrguer, sorvetes, doces, bolachas recheadas, bolos, cupcakes, refrigerantes e muitos outros que literalmente dão “água na boca”. Sim, vamos combinar que por mais deliciosos que sejam, não dá para ter “água na boca” quando vemos brócolis, cenouras ou tomates fresquinhos.
Pessoas comentam que ao invés de convidar amigos para almoçar ou jantar deveriam dizer: “vamos nos nutrir?”
O que fazer para sobreviver em um mundo onde a propaganda e programas que estimulam o consumo de alimentos deliciosos invadem nossas casas cotidianamente, ao mesmo tempo em que somos instigados a ter um corpo esbelto, musculoso, sem nenhuma dobrinha de gordura assombrando nossos olhos? Mais ainda: como comer sabendo da possibilidade de que, por causa disso, poderemos adoecer cronicamente?
Comer o que é gostoso é bom, prazeroso, agradável e faz bem para o espírito. Isso é um fato. Mas viver bem, com saúde, alegria e qualidade de vida, longe de hospitais e de remédios é essencial e o mais desejado por todos.
Como conciliar? Só há uma forma: no ponto de equilíbrio. Exatamente assim: cada um tem seu corpo, sua genética, seu ambiente e seus hábitos de vida. Ninguém, absolutamente ninguém, mesmo que more na mesma casa e durma sob o mesmo teto, é igual. Somos fundamentalmente diferentes. Por isso, cada um tem que entender quem é, quais são as próprias fragilidades corpóreas que demandam mais cuidado, quais os exames que estão alterados, qual sua forma física, seu índice de massa corpórea e quais as vantagens biológicas que possui. Com base nisto, defina seu ponto de equilíbrio. Consuma o que for bom e saudável para você, permitindo-se, quando possível, o que não for considerado muito “correto”, com segurança e tranquilidade. Difícil pensar a vida sem uma batatinha frita, uma coxinha, um churrasco ou um cachorro quente de vez em quando, não é mesmo?
Comer gostoso e nutrir-se saudavelmente é possível. A recomendação da OMS é um alerta apenas, e não uma proibição absoluta. Encontre seu ponto de equilíbrio nesta vida e siga feliz e saudável. Por muitos e muitos anos.
O medo de se contaminar com o HIV mudou os hábitos de muitas pessoas. O uso da camisinha tornou-se universalmente reconhecido como uma forma bastante eficaz para evitar a contaminação por este e outros agentes causadores de doenças sexualmente transmissíveis (DST) .
Resultado: a preocupação com a prevenção fez diminuir a incidência das DST. O tempo foi passando, a ciência evoluiu e os novos medicamentos atualmente disponíveis garantem a vida para muitos portadores deste vírus. Excelente!
No entanto, para as novas gerações que não viveram o sofrimento dos que adquiriram Aids em uma época em que não existia tratamento, esta doença se coloca agora em uma remota e improvável dimensão que não ameaça sua realidade contemporânea. Com isso, todos relaxaram na prevenção, “esquecendo” de se proteger com a camisinha. A consequência não poderia ser outra: aumento das DST e, dentre elas, a outrora “inofensiva” e “facilmente tratável” gonorreia.
Importante saber, no entanto, que a bactéria causadora da gonorreia também é um ser vivo e, portanto, também evolui na busca pela própria sobrevivência. Por isso voltou com tudo e muito mais agressiva. Exatamente assim: voltou muito mais resistente aos mais modernos antibióticos. Com isso, consegue se proliferar mais facilmente entre os que “esquecem” ou não fazem questão do preservativo. E está muito mais difícil de tratar.
Dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças apontam que o número de casos de gonorreia aumentou 79% desde 2008 na Europa. Recentemente houve, na Inglaterra, um surto de gonorreia resistente a azitromicina, antibiótico comumente utilizado para tratá-la. No Brasil, a orientação lançada há alguns dias pelo Ministério da Saúde alterou o tratamento até então considerado padrão, contraindicando o uso da ciprofloxacina como droga de escolha nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, pela constatação de bactérias resistentes.
Fiquem atentos aos sintomas: nos homens, um dos primeiros sinais é a dor para urinar. Na sequencia, pode surgir uma secreção purulenta que sai da uretra. Nas mulheres, porém, a gonorreia pode ser assintomática, isto é, sem nenhum sintoma aparente, ou se manifestar como um corrimento vaginal. Quando não tratada pode acometer as trompas e até levar à esterilidade. Esta bactéria também pode ser transmitida pelo sexo oral, levando a lesões na garganta. Se a secreção contaminada atingir os olhos, pode causar conjuntivite.
Colocar a camisinha ainda é – e por muito tempo ainda será- a melhor e mais segura maneira para garantir sua saúde e, claro, sua capacidade para fazer sexo por muito mais tempo! Pense nisso!
Foi lançada, na semana passada, pela Sociedade Brasileira de Pediatria, em parceria com Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Itaú Social a campanha “Receite um Livro”.
“Receitar” um livro? Como assim?
Isso mesmo. Exatamente o que o nome sugere. A recomendação, portanto, é que todos os pediatras passem a “receitar” livros para crianças. Vale, inclusive, para os bebês que ainda não nasceram e estão confortáveis nas barrigas das mamães.
Importante saber que esta recomendação, também indicada pela Academia Americana de Pediatria desde 2014, está cientificamente embasada em descobertas da neurociência. Vamos entender porque é tão importante ler em voz alta para as crianças, inclusive para os bebês.
Os bebês nascem com seus neurônios formados. Mas precisam se conectar. Exatamente como um computador que deve ter todas as suas conexões para funcionar mais agilmente. Estas conexões neuronais ou “neuroplasticidade”, são construídas ao longo do desenvolvimento na primeira infância, desde a concepção até os 6 anos de idade. Importante saber que são os estímulos afetivos que a criança recebe neste período que promovem intensamente estas conexões. A leitura parental entra neste cenário como uma das atividades que mais fortalecem e promovem, portanto, a neuroplasticidade.
O bebê já possui a capacidade de escutar dentro do útero materno. Quando a mãe articula palavras ele se coloca na posição de ouvir. Isso significa que vai aprendendo, à sua maneira, a construir significados. Depois que nascem, este processo continua de forma exuberante e é essencial para seu desenvolvimento cognitivo.
A leitura é fundamental para a aquisição da linguagem, e consequentemente para a memória, estruturação mental de pensamentos, ideias e para a maior clareza de raciocínio.
Mais importante: a leitura, quando executada em um ambiente prazeroso e afetivo, fortalece o vínculo com pais e cuidadores, trazendo inúmeras e incontáveis vantagens para a estruturação da personalidade da criança.
Estimula o pensamento mágico dos pequenos, o que é essencial para o desenvolvimento de sua potencialidade criativa. Além disso, permite que a criança, junto com pais ou cuidadores, vivencie emoções e sentimentos necessários para a sua estruturação psíquica como medo, angústia, alegria ou prazer.
Vivemos na era dos brinquedos e aparelhos eletrônicos, extremamente valorizados pela sua contemporaneidade tecnológica. Mas NADA do que se inventou foi capaz de substituir o bom e secular hábito da leitura para crianças.
Simplesmente porque NENHUM brinquedo ou aparelho será capaz de substituir a entonação, a melodia, o carinho, o afeto ou o calor da voz dos pais, avós ou cuidadores.
Sigam esta receita universal e infalível de sucesso: leiam para seus filhos, todos os dias!
Fonte: G 1
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