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Crise do silo cheio? Saída é melhorar a gestão de custos

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Diante de preços pouco remuneradores e custos de produção altos, os produtores acabam tendo prejuízos por não ter gerido corretamente todo o processo
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Há muito tempo, a agricultura deixou de ser uma atividade que servia apenas para o sustento familiar. A soja, por exemplo, é o principal item exportado no país. E tratar sua produção como algo regionalizado pode levar o agricultor a bancarrota. Pensando nisso, a Aprosoja está alertando seus associados para que façam uma gestão de custos melhor e evitem prejuízos com o que chamam de “crise do silo cheio”.

Nesta safra, por conta das super safras colhidas no Brasil, Estados Unidos e Argentina os preços caíram bastante e diminuíram a largura da margem do possível lucro do sojicultor, já que os custos desta safra foram mais altos. Segundo dados do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo com insumos em maio de 2016 estava 8,7% mais alto que o mesmo mês de 2015. Ou seja, o produtor plantou pagando caro e colheu com o preço do grão mais baixo. “Plantamos a um câmbio entre R$ 3,60 e 3,70 e estamos colhendo e vendendo a um câmbio R$ 3,10, só ai já dá uma grande diferença no final”, explica o presidente da Aprosoja-MS, Cristiano Bortolotto

Segundo ele, o produtor comprou os insumos e plantou a safra quando a saca de soja era vendida por mais de R$ 70. Agora, a mesma saca vale em torno de R$ 50 no Mato Grosso do Sul. “Só aí é 30% do preço. Ou seja, eu preciso de 40% a mais de produto para pagar a mesma conta. Isso é a crise de armazém cheio”, conta o executivo. “Todo aquele volume colhido não consegue pagar as contas que fizemos para produzí­-la.”

Bortolotto alerta que o produtor precisa cuidar da comercialização, como da lavoura e acompanhar o mercado diariamente. “O produtor rural tem que melhorar cada vez mais. Identificar qual é o custo de produção que ele tem, onde ele está o gargalo do custo de produção e como ele pode atuar para reduzir o seu custo. Isso tudo sem afetar a produção e conseguir uma rentabilidade melhor”, afirma.

Com informações da Aprosoja

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