Notas
Clima prejudica e diminuirá produtividade em Toledo (PR)
Variedades precoces do município, cerca de 15% teve produtividade bem menor que a esperada
Fernanda Farias | Toledo (PR)
No Paraná, mais de 4% da soja já foi colhida e a expectativa é de redução da produção Na região de Toledo, a seca, granizo e o ataque da falsa medideira contribuem para esse resultado.
No município, 15% dos 75 mil hectares foram ocupados por variedades precoces, que estão terminando de serem colhidas. Desse primeiro plantio, a média foi de 30 sacas por hectare, o que já indica forte redução de produtividade da cidade.
– Do que nós estávamos acostumados a colher em dois anos já, 60 sacas por hectare, esse ano vai diminuir. A produtividade aumenta muito quando tem lavoras que produzem 180, 200 sacas por alqueire. Isso já acontecia no ano passado. Esse ano não ter essas áreas – lamenta o produtor rural Nelson Paludo.
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As lavouras que ainda serão colhidas também devem ter perdas. O sojicultor José Scholz estima que não vá colher os 60 sacos previstos. O desenvolvimento da soja, ainda em fase de enchimento de grãos, está sendo bastante prejudicado pela falta de chuvas.
– Nós tivemos área que não choveu nesse mês de janeiro. A temperatura muito alta e ela tá sentindo bastante. A gente acredita que a quebra vai ser maior que essa que a gente vai colher agora – explica.
O prejuízo em Toledo foi provocado pelo granizo. No dia em que essa lavoura seria colhida, uma chuva de granizo atingiu a região. As pedras danificaram as vagens e algumas foram debulhadas. Dos 70 hectares, a produção equivalente a 10 hectares será perdida.
– Agora, na colheita, a ação do molinete vai promover uma perda ainda maior pela batida na vagem. Não há o que fazer, ele vai ter que suportar essa perda, mais um prejuízo para o agricultor – comenta o consultor técnico do Soja Brasil, Áureo Lantmann.
Outro problema que afetou a mesma lavoura e, também, a maioria das plantações de Toledo foi o ataque da lagarta falsa medideira. A praga, que é de difícil controle, vem se agravando nos últimos quatro anos. O engenheiro agrônomo da fazenda, Edenir Alexandre Dal Maso, explica que o custo de produção aumentou em três sacas por hectare, somente com as aplicações extras de defensivos.
– Cada entrada na lavoura com fungicida ou herbicida era colocado produto fisiológico junto. No início, estava bem controlado, mas no fim do ano tivemos um ataque bem severo da lagarta, que tivemos que entrar com aplicações, foi de 5 a 6 aplicações – relembra.
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