Internacional
Estiagem muda paisagem e deixa chão de pedras à mostra no Rio Paraná
Nível do Rio Paraná está 8,5 metros abaixo da média, no trecho da Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Paraguai. Hidrelétricas abastecidas pelo Rio Iguaçu diminuem a vazão para poupar água nos reservatórios do Paraná.
Por RPC Foz do Iguaçu
A estiagem mudou a paisagem do Rio Paraná deixando o chão de pedras à mostra, no trecho da Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu, no oeste do estado, e Cidade do Leste, no Paraguai.
O Rio Paraná é o segundo maior da América do Sul, com mais de 4,8 mil quilômetros de extensão, ficando atrás apenas do Rio Amazonas.
“É triste. O rio significa a veia da gente. É como a veia da gente se secar. Se a gente mandasse no tempo diria: ‘Vem chuva, vem chuva’”, disse a aposentada Maria Lima.
Segundo a Itaipu Binacional, o nível do Rio Paraná está 8,5 metros abaixo da média na região da ponte. Por causa disso, os moradores não têm conseguido pescar como antes.
“Chega a dar um negócio ruim na gente ver o estado do rio que tá aí. Nunca tinha visto. Vi baixo, mas não nesse estado como tá aqui”, contou o aposentado Odilon Rodrigues.
Na região da Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Paraguai, o nível do rio está 8,5 metros abaixo da média dos últimos cinco anos — Foto: Reprodução/RPC
Estiagem impacta na paisagem do Rio Paraná — Foto: Giovani Zanardi/RPC
Desde outubro de 2019, chove menos na bacia do Paraná, que abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná
Por causa da longa estiagem, no fim do maio, o Sistema Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de emergência hídrica. Essa foi a primeira vez em 100 anos.
De acordo com os meteorologistas, a falta de chuva deve continuar até setembro, podendo afetar a produção de energia e o abastecimento.
“Mais de 50% dos reservatórios mais importantes que a gente têm no país estão dentro dessa bacia, então grande parte da geração de energia e abastecimento, considerando que essa é uma área com uma população muito alta, então daí é a importância dessa bacia e daí a importância do monitoramento das chuvas”, disse a pesquisadora do Inmet Márcia Seabra.
Leito do Rio Paraná fica à mostra após período de estiagem — Foto: Giovani Zanardi/RPC
Rio Paraná é o segundo maior da América do Sul — Foto: Giovani Zanardi/RPC
Ilha Acaray foi afetada pela seca no Rio Paraná — Foto: Giovani Zanardi/RPC
Rio Iguaçu
Outro cenário transformado pela seca é o das Cataratas do Iguaçu. Neste mês de junho, as Cataratas tiveram a menor vazão do ano, um quinto do volume normal.
Em média, a vazão é de 1,5 milhão de litros de água por segundo. Mas nos dias 9 e 10 de junho, eram apenas 380 mil litros por segundo.
O volume baixo está ligado à estiagem na nascente do Rio Iguaçu, que abastece seis hidrelétricas.
Por causa da estiagem, Cataratas do Iguaçu registram a menor vazão de água do ano — Foto: Reprodução/RPC
Nesta terça-feira (15), na usina principal, o reservatório estava recebendo -83% de água que a média.
Mesmo assim está com quase 72% da capacidade, por causa das chuvas de fevereiro.
A companhia elétrica diminuiu a vazão para continuar gerando energia nos próximos meses, sem depender da chuva.
Esse estoque de água diminui a vazão do rio, mas, segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a medida é necessária pra gerar energia nos próximos meses, sem depender da chuva.
-
Nacional2 semanas hace
En un balé armonioso, las campanas de Notre-Dame volvieron a repicar en París
-
Nacional2 semanas hace
Gobernaciones fortalecen sus capacidades institucionales en taller de comunicación con apoyo de Mitic Y Unops
-
Nacional2 semanas hace
Ojeipe’a espinel ha red ysyry Paraguái ha Paranágui oñemoañete hag̃ua véda
-
Internacional2 semanas hace
O erro que deu início à internet